segunda-feira, 23 de abril de 2012

1 Mês

Faz um mês hoje que foi tomada a mais errada das decisões.

Mas o que não mata, torna-nos fortes. É isso que diz o provérbio não é...?

Cada um com as suas certezas. Cada um com o seu caminho.

É sempre doloroso constantar a displicência com que se desliga uma ficha onde supostamente a energia que devia correr era solar e não elétrica. Mas por via das dúvidas ando de luz apagada. É melhor assim, fica de acordo com a crise e não vejo aquilo que não me apetece.

Time after time... Like the music.

TMAV

quarta-feira, 18 de abril de 2012

All at sea...

All small acts affect me as a drop might turn into tsunami.

My heart died under water.

TMAV

terça-feira, 17 de abril de 2012

......................

Juro...

No dia em que o meu coração não ficar mais apertado...
No dia em que a melhor música não me faça lembrar de ti...
No dia em que deixar de ter a emoção à frente da razão...
No dia em que consiga não ter saudades tuas...
No dia em que o meu sorriso possa voltar a ser verdadeiro...

... Juro.

TMAV

sábado, 7 de abril de 2012

Cão!

Sinceramente não tenho saco para treinadores de bancada!

Vivo numa relação constante de amor-ódio com a vida social. Por um lado preciso das pessoas, claro, como toda a gente! A malta precisa conviver, trocar ideias, partilhar momentos. Por outro, dá-me "ganas" as opiniões generalizadas! Os "bitaites" e as "adivinhações" sobre os teus assuntos e principalmente quando não queres falar deles!!

Só gostava que as pessoas, principalmente as que se acham tão sofisticadas e educadas, soubessem melhor quando devem estar caladas.

Hoje na praia um amigo (divorciado e mal amado) tentou mandar uma boca foleira enquanto eu dava miminhos ao meu cão - "Pois.... Dás demais, depois arrependes-te!" - a querer fazer piadola de "double meaning" com a minha situação pessoal, pois já soube por não sei quem que não estamos juntos!

Respondi - "Tu que tens uma vida amorosa de luxo, cheio de amor! Deves ter muito conhecimento de causa para poderes opinar sobre isso!"

Sorri sarcasticamente e fui-me embora com o meu cão.

Confesso que fiquei com pena dele... Acho que fui dura demais. Mas bolas! Não é por situações como esta que se diz que ás vezes o silêncio é de ouro?

E vou continuar a mimar o meu cão!
Pronto!

TmAV

sexta-feira, 6 de abril de 2012

... Não queiras...

http://www.youtube.com/watch?v=0bHcnWqMQxM

Bem... Eu que gosto tanto de Rui Veloso, espero no futuro, conseguir continuar a ouvir. Definitivamente por obra do curioso acaso da vida, todas as suas músicas têm feito sentido nos meus últimos dias e algumas parecem mesmo que me explicam melhor do que eu própria me explico. Tenho escutado incessantemente.

E hoje é esta. Onde aproveito para te pedir para não vires mais aqui. Não porque te queira guardar segredos, creio até, que já te contei mais do que qualquer mulher contaría em tão "pouco" tempo, mas porque aqui desabafo... Aqui falo contigo sem falar, entendes? (E vou continuar). Mas as minhas palavras são jamais para te dissuadir ou comunicar ou que fôr... Sempre que o quero fazer contigo, ligo-te. Aqui... É diferente. Falo para ti porque o que guardo dentro de mim é demasiado grande para reter, mas não pretendo mudar nada ou que tenhas pena de mim ou que lamentes ou que seja. Aqui é onde canto "não queiras saber de mim" no sossego do meu incógnito. No Meu momento. E se nada sei de ti, acho injusto vires aqui saber de mim...

Não queiras saber de mim... se não me queres de todo.
Nada do que leres aqui me fará melhor.
E aqui... "eu não me recomendo".

Desejo-te o melhor do mundo. Desejo-te.
Mas aqui... Dói.

... não queiras saber de mim.

Obrigada.

TmAV

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Feliz quê?...

Acabei de chegar a casa (3h17m) e percorri toda uma estrada de Colares ao Estoril pela serra ao som desta música (em repeat mode) : http://www.youtube.com/watch?v=JuPcHhVmgIE&feature=related

E neste caminho de lua cheia, em que "olhando o mundo azul à minha frente" contemplei uma noite prata que me apertou o coração e afeiçou a goela... Um caminho tão tão tão lindo só me podia fazer lembrar de nós. Porque tudo o que é bom recorda-me de ti. Faz-me pensar que devia estar a partilhá-lo contigo.

Hoje tive um momento irónico que me pôs a pensar. Fui ao afamado Olga Cadaval em Sintra ouvir os fantásticos Shout e encontrei um velho amigo a quem em tempos sei que fiz sofrer. Claro que contra toda a minha vontade, mas ainda assim fiz. Ele gostou mesmo muito de mim e não foi correspondido... Aliás, foi deixado (aos seus olhos) de repente, sem muito deixar entender a sua mente quanto mais o coração...

Quando o vi tive uma espécie de aperto na garganta, quase como espécie de estúpida vergonha pessoal e alheia por não ter dado certo. Por tê-lo magoado. E de repente assolou-me o pensamento que estaria a ser castigada agora! Pois. Como é que não se adora e quer ficar para sempre com alguém que tem o melhor do mundo para nos dar? Amor. Como? Fitei-o insegura se deveria cumprimentar, mas quando me viu confortou-me com um valente sorriso e de braços abertos disse-me "Que bommmmmm ver-te! Há que tempos! Só te poderia encontrar num espetáculo como este, qualquer coisa especial!" e sorrimos os dois... Eu agradeci toda a sua boa vinda.

Sentou-se ao meu lado e fiquei o concerto todo meia incomodada. Como se nem sequer merecesse a companhia daquela pessoa. Fiz-lhe mal. Como consegue estar aqui ao meu lado? Pensei eu...

Após aplausos, assobios, gritos, apitos e repitos... Após todos os cumprimentos, agradecimentos e saudações.. Após todo o último momento caloroso entre artistas, amigos e público, despedi-me de todos os amigos (re)-encontrados e caminhei para o meu carro sozinha.

E lá estava... A última chapada de luva branca.
Uma flor apanhada do jardim pousada no puxador do carro. Irta. Bonita. Feliz como se me dissesse Olá! Não tive dúvidas de quem sería porque era um hábito seu deixar-me flores no carro...

Sorri... e logo a seguir chorei. Quanto desejei que viessem de ti. Quanto me revoltou o mundo estar ao contrário. Não saber de ti aquelas horas...
Aquele rapaz... De sorriso gratuito a querer dar-me o mundo as vezes que eu quiser, a dar a outra face. E eu nada quero deste mundo a não ser o meu amor. Um amor que não me vê, que não me conhece, que não acredita em mim nem em si.

Quanto mais tempo passa menos te esqueço e o meu peito aperta quando fecho os olhos e me imagino envolvida nos teus braços. Não consigo verbalizar as saudades desse momento. Do teu cheiro. Do teu sorriso. Os teus olhos.

Não consigo passar para o papel as vezes que penso o quanto gostaria de poder pousar-te no meu colo e confortar-te de tudo. Dividir contigo os momentos, sejam quais forem. Fazer-te festinhas na cabeça e conseguir fazer-te sorrir. Ver-te rir.

"Ao longe a cidadela de um navio, Acende-se no mar como um desejo, Por trás de mim o bafo do destino" que desconheço e temo de todas as vezes que num momento feliz... não estou contigo.

"As águas brilham como prata" como brilham as minhas lágrimas.. e só brilham porque choram...

...por uma estrela.

TmAV

PS - An?... Este texto devería ser sobre um tema?... Pois... Feliz quê?... Feliz Páscoa é isso? Tanto me faz....

Invasão

Hoje acordei agoniada.
Sonhei que o esperava na plateia de um espetáculo e que não apareceu... Havia-me deixado sozinha e todos perguntavam por ele. Eu dizia... "Não sei dele... estou à espera do intervalo para ver se tenho alguma chamada... concerteza atrasou-se... está no trânsito... sei lá!"

E antes de lhe poder ligar, acordei. Deparei-me com um momento real ainda pior que era perceber que não podia ligar por razão nenhuma, a não ser que parecesse forçada! Fiquei furiosa! Rabujenta! Agora aparece nos meus sonhos! Uma invasão plena.

E pronto... lá ponho eu a cabeça debaixo do chuveiro para preparar-me para o palco mais uma vez. Vamos lá representar que está tudo bem que o mundo lá fora espera-nos e não pode viver sem estas minhas gargalhadas de merda! Ah.... Era tão bom que até essas fossem importantes para alguém. Mas diz o ditado que por morrer uma andorinha não se vai a Primavera...

Entendo aquelas divas que de um dia para o outro desaparecem. O palco é uma carga que não é para todos e os mais lúcidos um dia chegam à conclusão que é insuportável viver assim. Há dias a minha irmã dizia-me "Desisti de falar com aquele terapeuta porque depois de sexta achei que estivesses melhor... Desculpa.." e eu disse-lhe "Estás a brincar comigo? Conheces-me há 12 ou 14 anos e achas que está tudo bem por 3 horas de mundo não real fantasioso?! Porque deste a merda duma festa e a vida é assim... uma grande festa!!! Desde quando?!" Estar em palco é como aprender a andar de bicicleta... Quando aprendes nunca mais esqueces e entras em palco se for preciso mesmo depois de muitos anos. E tal como a bicicleta, podes é escolher um dia nunca mais andar... ou deixares de ter pernas (boas) para pedalar.

Hoje é um daqueles dias. Apetece-me gritar ao mundo. Ipiranga desmedido. Revoltar-me com toda a minha energia. Partir tudo! Que injustiça.... que injustiça grita o meu coração...

Bem... Vou trabalhar... Até onde poder pedalar.

TmAV

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Intouchables

Escrevo ao som de...

http://www.youtube.com/watch?v=Pu7fmZtyQdA (Rui Veloso, 3 minutos de atenção)

A maior parte do meu tempo é constituída por um palco sem "minutos de atenção" pela verdade.
A minha verdade é descabida. Só a vejo nos filmes, nas fantasias, nos sonhos, nas canções, nos poemas... Em tudo aquilo em que os normais desta vida acham ridículo.

Hoje fui ver um filme francês do realizador Olivier Nakache... Recomendo vivamente "Amigos Improváveis" é a reles tradução em português de "Intouchables" e conta a história verídica da amizade entre dois homens, em que um deles é tetraplégico e está numa cadeira de rodas.

Entre os vários momentos e lições que a pelicula conta a que mais me tocou foi a verdade do homem da cadeira de rodas... Supostamente preso na verdade real de todos os que o rodeiam e que num momento diz:

"Neste tempo todo o que mais me custa não é estar na cadeira de rodas, é não ver a Eleonor."

E pronto. Mais um momento em que alguém longe vê a mesma verdade que eu. Tantas vezes tetraplégicos que somos. Tantas.

Aliás... Parada estou enquanto não te vejo.
Presa por não poder.
Morta por não estar.

As verdades doem. Estas sim doem porque não as queremos saber.
Porque dão trabalho para consolar e na maioria das vezes nada consola mesmo... É como a Morte... "Tens que dar tempo ao tempo..." É o que dizemos quando alguém morre.

É a frase que mais escuto agora.

Como sofro por não te ter "Eleonor".
Como queria que soubesses de tudo o que o meu coração sabe para estares num mundo tão mais rico que a tua idade... Que a tua história... Que as tuas certezas.

Deus tem muitos tetraplégicos para guiar. Não os que não andam pelo seu próprio pé. Mas os que não adoram do coração.

Talvez um dia... Nos encontremos.
Com mais do que 3 minutos para dar um ao outro.

TmAV

domingo, 1 de abril de 2012

Condenada

A vida é um palco de atmosferas momentâneas,
Onde aprendes a rir lá do fundo do nada,
Ensinas aos outros palavras instantâneas
Para disfarçar a eternidade mal amada

"Nem Deus tem o dom de escolher quem vai ser feliz"
Porque a cidade dorme e Ele só pode velar
Quem se exige viver pelo que acha que condiz.
Será tarde cada vez que o mundo quiser acordar

Numa morte anunciada sem tentativa ou reverso
Sem poder viver a fantasia de um filme triste
Onde podes rever as lindas imagens em verso
E acreditar que fomos aqueles de espada em riste

Que partiram para o nunca sempre de pé
Como se a luta que dignifica os melhores
Fosse naufragar na mais alta negra maré
Onde esquecidos ficamos como os piores

Condenada. Partida. É esta puta de vida
Em que andamos todos estupidamente cegos
Para viajar num comboio sem vinda nem ida
Porque ninguém parte donde crava seus pregos.

TmAV